A Capoeira Angola
sempre teve a sua força na Bahia – principalmente no Recôncavo Baiano, cuja Capital, a cidade de
Salvador congregou durante todo o seu tempo dentro da história, vários Mestres e as
suas histórias pessoais e coletivas vividas fora e dentro da
Roda de Angola. Ela, através de seus Mestres e praticantes
tradicionais angoleiros, se mantiveram firmes na preservação desta cultural
africana até os dias de hoje, apesar de inúmeras tentativas de
descaracteriação por parte do sistema opressor escravagista que ainda
opera suas artemanhas nos dias de hoje contra a preservação da pureza e formas
e regras que consistem dentro do jogo estabelcidas pelos autênticos sábios que mestram a cultura
popular na sua universalidade. Estarei citando alguns elementos que sutilmente
foram empregados e se infiltraram na cultura popular Capoeira Angola, ou melhor
dizendo, Jogo de Angola dentro da Roda de Capoeira e buscaram deturpar os
fundamentos passados à essa geração de uma maneira
sutil e desfarçada de amabilidades e elgios e aplausos ilusórios e abusivos, na
tentativa incansávelamente constante de apagar a forma original de
viver a verdadeira prática do Jogo de Angola ou Vadiar. Passada
de geração à geração pelos autênticos guardiões desta tradicional arte
africana na Bahia. Falaremos ou escreveremos a princípio sobre o nome
Angola: porque ? Não: Porque a negação do nome do Jogo ?
Angola, para Capoeira, ou seja, “Jogar Capoeira”. Vamos lá… A Capoeira foi “liberada”
pelo sistema, mas o Jogo, a prática que iria ser
vivida, apoiada agora pelo sistema nao seria mais a vadiagem, o Jogo dos
Angolas e sim, apenas (o local estava liberado) mais o que se iria praticar na
Roda da Capoeira teria que ser algo inspeccionado, fiscalizado, programado,
idealizado pela classe dominante través de seus Mestres Ilustres dentro do
sistema racista das instituições educacionais pré moldadas e altamente
contaminadas por doenças da burguesia colonialista e escravagista. Querendo, é “
CLARO “ , se livrar e livrar seus filhos e toda a nação da contaminação da
ESCURA hitória do povo por direito proprietário desta arte de gradioso legado
Negro vindo da África. A sua história e o seu saber e o seu valor verdadeiro e
os seus benefícios que iriam ser revertidos para a comunidade Mestra nesta
arte. A própria comunidade Angoleira. Ou seja; Negar os fundamentos, a tradição,
os Mestres e a sua forma de se organizar, seria o ponto principal. E aí;
folclorizar, higienizar, embraquecer, alvejar, purificar as idéias e
universalizar atrvés do alinhamento científico, universiotário dos grandes presídios
do conhecimento excludente das universidades brasileiras em suas várias áreas
de edcuação física, dança, história, medicina, pscicologia, turismo e outros
BICHOs sibernéticos e tencológicos, paradiabólicos Camará. Sentido nele, sabe
Jogar Sujo e Desleal.
Fatos: no CECA sou Angoleiro, mas…. Na
minha viagem ao Rio de Janeiro, me recomendaram que eu fosse apenas Capoeira e
seguisse o rítmo do Berimbau, se tocasse o Hino Nacional eu me levantava e que se
saudassem a Princesa Isabel, eu diria Salve….E aí o meu cachê estava garantido e as proóximas viagens também…
Outro ? … As Academias podem funcionar
mas só para quem está organizado com os seus cordões nas cores da bandeira onde não tem o preto nem
o vermelho .Quem não esiver no padrão vai ser inspeccionado, multado e feichado.
Outra ? … Filmagem com Angoleiros só se for descalço e sem camisa e a calça tem
que estar arregaçada até os joelhos, para dar a visão de uma Capoeira de escravos
e não Libertos civilizados. Outra? …Saia de sua Academia, largue esses Mestres
velhinhos, unam-se a nós no nosso grupos folclóricos e vamos ganhar muito
dinheiro dando ao TURISTA o que ele gosta de VER.
Mestre Ciro / CECA Pernambués
01 de Janeiro de 2013
Salvador Bahia
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